sexta-feira, junho 29, 2007

Uma borboleta esvoaçando em torno do arco-íris, um olhar compenetrado, dir-se-ia pousado no horizonte longuínquo da estação primaveril. Colocar um flor enfeitando os cabelos, desenhar um coração sobre a areia molhada, ou quiça apanhar o eléctrico onde o senhor simpático vende algodão doce. Piscar o olho à estátua do Fernando Pessoa, jogar ao pião, soltar um suspiro, fazer bolinhas de sabão, andar ao pé cochinho, comer pastéis de nata com canela, queimar a língua com uma castanha quente.
Confrontar-me com um olhar amoroso, sentir o toque da chuva, dançar embalada pelo vento, correr por entre um cerejal, retirar as pevides de uma maça cortada aos pedaços...
Em quantas partes se divide a vida?

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