O pião rodava sem parar, diabolicamente...
O menino extasiado contemplava-o, esquecendo tudo ao seu redor. A cada novo rodopiar, a sua mente perdia-se por entre espirais de pensamentos, emaranhando-os ao ponto de se tornar imperceptível decifrá-los...
Até que subitamente o pião parou, uma brisa suave inundou a rua amarela e grafitada e a criança, um pouco anestesiada, eu diria mesmo atordoada, relaxou, tendo posteriomente de uma maneira compassada e deliciosamente vagarosa, cogitado:
- É essencial olhar uma flor e penetrar no âmago de cada pétala, do seu caule, do aroma que diariamente ela exala ao mundo.
- Mas o pião não me deixa... Devo pará-lo ou continuar como num carrocel, onde me movimento rapidamente mas sou desprovido de essência?
segunda-feira, junho 25, 2007
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