Pergunto-me: até que ponto as pessoas são verdadeiras, até que ponto dizem realmente o que sentem e se mostram como realmente são?
De dia para dia é cada vez mais difícil encontrar alguém capaz de ser genuíno. Tudo usa disfarces, tudo se camufla, tudo engana e trapaceia. Não entendo essa necessidade enorme das pessoas viverem para as aparências, para o egoísmo desmedido. Será que elas estão erradas ou sou eu que estou num mundo/sociedade errada? Faz-me imensa confusão a falta de respeito pelas pessoas, a desonestidade; parece que as pessoas só são felizes se pisarem e maltratarem os outros. Hoje em dia o que conta é o "estar por cima", é as disputas de quem é melhor, é o ego inchado e o coração vazio...
Tenho saudades de gestos de carinho verdadeiros como um abraço de alguém que gosta de mim, ou um sorriso cúmplice de um amigo. Sei lá, passar horas ao telefone a debater teorias e dogmas com alguém que goste de reflectir. Passear, tertuliar bastante. São estas pequenas coisas que são tão saborosas na vida. Comer um gelado e mandar uma piada foleira, ir ao cinema, ver o mar, jantares de amigos, saír de casa às 4h da manhã debaixo de uma chuva imensa para ir ter com alguém que te ligou a dizer que precisa da tua palavra amiga. Não sei, para mim são gestos, momentos, acções carregadas de simbolismo. Acusam-me de ser individualista. Será que o sou mesmo ou será que são os outros que não sabem viver em sociedade? Ou sou eu que tenho uma ideia errada do que é viver em sociedade? E será que as pessoas sabem a diferença entre estas duas palavras: amigo vs companheiro? Não sei! Gostava de pensar mais sobre isso, aliás, vou ter de começar a pensar mais sobre isso. Era bom que todos quisessemos pintar o mundo de outra cor, a que vejo neste momento está demasiado ofuscada, ou então sou eu que sou uma esquisita do caraças!
terça-feira, junho 13, 2006
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1 comentário:
É por se usar tanta máscara que tudo engana, que tudo se dá mal!
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