quarta-feira, junho 28, 2006

A agonia no silêncio de um quarto
Corrói um corpo que se decompõem de um modo fulminante.
Os lábios secos necessitados de vida,
Os olhos inchados, sedentos de algo que os ilumine.
As veias que se contorcem num desespero delirante,
O tempo que passa e que intensifica o cheiro a bolor,
A vida que estagna e apodrece a alma.
As janelas fechadas que escondem a vergonha de existir,
O escuro que clama luz, mas não tem força para a encontrar.
O coração ferido vê-se involto num pó que se alastra devido a constantes tempestades de ventos malignos.
Criam-se vermes que sugam pouco a pouco a pele, dando conta de um espectáculo um tanto ou quanto fantasmagórico.
Prostrado num chão inundado de sangue encontra-se um corpo, cuja alma chora a sua desgraça, a sua vergonha.

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