Sonhavamos...
Eu bailava contigo ao compasso do amor e cintilavamos mais do que uma estrela ao contempletarmo-nos. Amavamo-nos!
Navegavamos num mar de emoções que desprendiam faíscas de alegria a cada novo acordar. Adoravamo-nos!
Arremessavamos a felicidade que sentiamos ao mundo, colorindo-o com todos os sombreados dos nossos desejos.
Hoje eu ainda cerro os olhos para ver o infinito, mas limito-me ao seu rebordo...
O plural dissipou-se!
A cama onde flores cresciam diariamente é mais sombria. Algumas murchuram, mas ali permanecem, inanimadas.
Continuo a despir-me, debruçando o meu corpo sobre o leito da verdade. Sozinha!
Está frio, o corpo treme, mas mantem-se estático...
No rebordo, estou no rebordo! Eu que um dia conheci a mansão do infinito!
Já não sei se sonho ou se simplesmente me digno a sentir saudade...
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