Horas de dor,
Suspiros uivados às estrelas,
Olhares infinitos no rebordo da solidão,
Fiascos de vida caídos por terra...
O cheirinho a canela e alecrim,
A última dança, os gritos, os sorrisos,
O album de fotos de infância, os desenhos animados,
A faculdade, os amigos, os inimigos, as lutas, os amores,
As saudades, o dia-à-dia, a casa, as viagens, os livros, a cultura,
As discussões, as ilusões, o arrependimento, a família...
Horas de alegria,
Gotículas de felicidades ao redor da alma.
Olhares de menina,
O cerrar dos olhos, o cansaço,
O teu abraço, um leito aconchegante,
O sono, os sonhos...
Assim sou eu!
domingo, dezembro 31, 2006
2007: O que me reservas tu?
Depois de um ano de purificação e colagem de cacos quebrados em 2005, acho que é chegada a hora de viver de novo...
Espero sinceramente que 2007 me traga aquilo que desejo, preciso e mereço...
Novas etapas, só novas etapas...
Desejo a todos os amigos e conhecidos, um óptimo 2007. Um ano cintilante em todos os sentidos!
Cá te espero 2007, mas ao contrário do ano passado, com um brilho nos olhos e um sorriso de esperança na alma...
Espero sinceramente que 2007 me traga aquilo que desejo, preciso e mereço...
Novas etapas, só novas etapas...
Desejo a todos os amigos e conhecidos, um óptimo 2007. Um ano cintilante em todos os sentidos!
Cá te espero 2007, mas ao contrário do ano passado, com um brilho nos olhos e um sorriso de esperança na alma...
domingo, dezembro 24, 2006
quarta-feira, dezembro 20, 2006
Hoje, nesta noite gelada e melancólica, dou aso às reminiscências que ficaram há muito, guardadas no velho báu que se encontra no fundo de uma gaveta velha do armário.
Um báu amarelinho, enfeitado com os hérois da minha infância e no qual deposito todos os momentos felizes; todos os momentos que me fizeram sorrir um dia.
Ali encontro o passado outrora cintilante e encontro igualmente a força para acreditar num futuro risonho ou até mesmo, o alento para viver o presente que pode em certas alturas ser acinzentado.
E hoje, dando asas à minha memória, recordo-me de uma menina traquina, sorridente e muito meiguinha; com pitadas de teimosia e vaidade e muito rabugenta na hora de ir dormir.
Adorava dançar e cantar, passava a vida a inventar histórias, a brincar e principalmente a fazer asneiras.
Tinha alguns bonecos (ela apelidava-los de "seus fiéis seguidores"), os quais ela nunca largava, nem quando dormia. Eles entravam nos seus sonhos cor-de-rosa, com pepitas de chocolate e com ela viviam aventuras sem fim, só rindo e saboreando uma doce ingenuidade e sentido verdadeiro das coisas.
Lembro-me dessa menina a fazer asneiras em casa, a derrubar objectos, a desarrumar tudo o que a mãe arrumava e a meter-se com todas as pessoas que passavam na rua. Que menina fofinha! Loirinha com os cabelos cheios de caracóis, adorava ver os bonecos na televisão. Era demais!
Às vezes quando paro um pouco e abandono o rodopio da vida, lembro-me dessa menina que de uma pedra e bocadinhos de flores conseguia fazer uma cozinha e em seguida uma alucinante história; era a imaginação humanizada!
Pergunto-me... que será feito dela?
Será que se perdeu pelo mundo? Será que a enterrei no meu báu de uma maneira tão abrupta que ela sucumbiu?
Não sei...
Ou será que não sei? Será que ela não se encontra em mim e por algum motivo idiota eu insisto em camuflá-la?
É difícil saber ou ser perceptível à primeira... ou então, sou eu que muitas das vezes fingo não perceber...
Sejá como for, tenho que confessar uma coisa... estou com uma imensa vontade de correr no jardim e comer muito, muito algodão doce...
Um báu amarelinho, enfeitado com os hérois da minha infância e no qual deposito todos os momentos felizes; todos os momentos que me fizeram sorrir um dia.
Ali encontro o passado outrora cintilante e encontro igualmente a força para acreditar num futuro risonho ou até mesmo, o alento para viver o presente que pode em certas alturas ser acinzentado.
E hoje, dando asas à minha memória, recordo-me de uma menina traquina, sorridente e muito meiguinha; com pitadas de teimosia e vaidade e muito rabugenta na hora de ir dormir.
Adorava dançar e cantar, passava a vida a inventar histórias, a brincar e principalmente a fazer asneiras.
Tinha alguns bonecos (ela apelidava-los de "seus fiéis seguidores"), os quais ela nunca largava, nem quando dormia. Eles entravam nos seus sonhos cor-de-rosa, com pepitas de chocolate e com ela viviam aventuras sem fim, só rindo e saboreando uma doce ingenuidade e sentido verdadeiro das coisas.
Lembro-me dessa menina a fazer asneiras em casa, a derrubar objectos, a desarrumar tudo o que a mãe arrumava e a meter-se com todas as pessoas que passavam na rua. Que menina fofinha! Loirinha com os cabelos cheios de caracóis, adorava ver os bonecos na televisão. Era demais!
Às vezes quando paro um pouco e abandono o rodopio da vida, lembro-me dessa menina que de uma pedra e bocadinhos de flores conseguia fazer uma cozinha e em seguida uma alucinante história; era a imaginação humanizada!
Pergunto-me... que será feito dela?
Será que se perdeu pelo mundo? Será que a enterrei no meu báu de uma maneira tão abrupta que ela sucumbiu?
Não sei...
Ou será que não sei? Será que ela não se encontra em mim e por algum motivo idiota eu insisto em camuflá-la?
É difícil saber ou ser perceptível à primeira... ou então, sou eu que muitas das vezes fingo não perceber...
Sejá como for, tenho que confessar uma coisa... estou com uma imensa vontade de correr no jardim e comer muito, muito algodão doce...
segunda-feira, dezembro 04, 2006
É Natal!
Mais um ano que dá as suas últimas lufadas de ar fresco (ou poluído, fico na dúvida). Mais um novo ano que em breve se mostrará à humanidade. Projectos concluídos, outros inacabados, outros ainda prestes a surgir.
Se fosse falar do meu ano de 2006, é possível que o discurso se tornasse demasiadamente extenso, prefiro resumir as vivências do ano, numa única frase: «Um ano de limpezas, a todos os níveis».
Mas não me apetece muito falar disso, aliás é preferível deixar a lixívia fazer efeito, do que propriamente estar sempre a falar nela, não vá alguma alma invejosa agoirar o trabalho quase completo.
Mas eis-me de novo com a árvore de natal pronta, as ruas enfeitadas e as lojas a transbordar de presentes. As pessoas por sua vez doces e meigas, ou será interesseiras e dissimuladas?
Enfim, o que seja... É NATAL!
Embora tenha consciência que muito do amor demonstrado nesta quadra natalícia é um amor de interesse, se calhar no intuito de receber a tal prendinha pela qual esperaram o ano todo, acredito que no meio de tanto interesse há sempre alguém de coração puro (deixem-me iludir-me um pouquinho, tanta realidade cruel faz mal).
Muito mais do que consumismo, o natal é um momento de paz, de verdadeiros sentimentos, de aconchega e verdade; uma réplica do que se deveria viver ao longo de todo o ano.
Para os verdadeiros corações natalícios que mantêm esse espírito brilhante ao longo do ano, desejo-lhes um natal cheio de paz e amor na companhia dos mais queridos; para os restantes, ofereço-lhes uma rabanada e aproveito para acotovela-los e dizer-lhes: Então, já abriram os presentes? Valeu a pena aturar as velhas e os velhos durante o ano inteiro…
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Feliz Natal!
sábado, dezembro 02, 2006
Por que razão os meus pensamentos me levam sempre para junto de ti?
Eles fazem o pino, dão saltos de metro, embrulham-se em labirintos, mas voltam sempre ao mesmo local, ao ponto de partida.
Até o único meio que tenho para ser livre tu manipulas...
Desprende-me feitiçeiro cruel...
Quero voltar a olhar para a ilusão sem ter medo de sair de lá.
Deixa-me ser novamente gaivota...
sexta-feira, dezembro 01, 2006
Um corpo...
Todas as noites, algo nas trevas, ecoa
No silêncio um grito assolapado.
Nas ondas do mar, deambula um corpo,
Um corpo, apenas um corpo, nada mais do que um corpo…
Encosta abaixo, encosta acima...
Lá anda ele, dum lado para o outro.
Imóvel, perdido, desgastado…
Um corpo, apenas um corpo, nada mais do que um corpo…
O tempo passa, as ondas reviram-se constantemente,
A vida acelera; passam barcos carregados de pessoas
Que olham de raspão para o corpo; afinal é
Um corpo, apenas um corpo, nada mais do que um corpo...
E a vida avança! Aparece uma criança
E olha com curiosidade para o corpo.
Ele chora, grita, contorce-se, desmorona-se de dor!
Onde estão os últimos retalhos dos seus sonhos? Onde?
Afinal, ele sente, mas ninguém parece vê-lo sentir...
Seria necessário uma página inteira de química
Para decompor os sentimentos daquele corpo
Até aos seus mais simples elementos.
No silêncio um grito assolapado.
Nas ondas do mar, deambula um corpo,
Um corpo, apenas um corpo, nada mais do que um corpo…
Encosta abaixo, encosta acima...
Lá anda ele, dum lado para o outro.
Imóvel, perdido, desgastado…
Um corpo, apenas um corpo, nada mais do que um corpo…
O tempo passa, as ondas reviram-se constantemente,
A vida acelera; passam barcos carregados de pessoas
Que olham de raspão para o corpo; afinal é
Um corpo, apenas um corpo, nada mais do que um corpo...
E a vida avança! Aparece uma criança
E olha com curiosidade para o corpo.
Ele chora, grita, contorce-se, desmorona-se de dor!
Onde estão os últimos retalhos dos seus sonhos? Onde?
Afinal, ele sente, mas ninguém parece vê-lo sentir...
Seria necessário uma página inteira de química
Para decompor os sentimentos daquele corpo
Até aos seus mais simples elementos.
Talvez assim entendessem, que não é só um corpo,
é muito mais do que um corpo...
...
...
...
Pensando bem, não sei se uma página chegaria...
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