Apetece-me rasgar o ar sisudo da tua boca com o contorcer malandro da minha língua. Tocar-te lentamente ao compasso das sensações, aniquilando o silêncio com o ruído ensurdecedor da reacção química dos nossos beijos.
Hoje apetece-me tudo! Explodir e viajar alucinadamente por becos e ruelas de desejo, transpirar, emaranhar-me em cada contorno do teu corpo procurando delícias até então por desbravar...
A chuva caí compulsivamente e eu perco o rumo; deambulo nos teus braços perdendo-me entre a tua cintura...
Onde fica o paraíso? - Pergunto-te eu. Aqui, prova-lo! - Respondes-me tu.
O meu coração inunda-se, a minha alma estoira de loucura como um foguete arremeçado em dias de festa. Já não defino o que quer que seja, apenas me deixo levar pelos teus movimentos contorcidos e enérgicos. Aí! Tão vigorosos!
O mesmo me pedes, sendo uma entrega total...
Estás em mim... no meu corpo, na minha alma, em cada gota de suor derramado, em cada gemido...
Estamos prestes a viver o último contorcer de loucura no êxtase da noite molhada... sinto-te intensamente!
Agarra-me! Mais e mais e mais...
Subitamente, sinto verter em mim a última gota do desejo ao mesmo tempo que as pétalas de rosas, por ti arremeçadas, escorregam ao longo de todo o meu corpo.
O teu abraço aconchega-me e a tua boca sussura-me um Amo-te. É assim que adormeço: protegida por ti nos lençóis manchados de luxúria...
sábado, novembro 25, 2006
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