Indisciplinados são os sentimentos que fogem à corrente da racionalidade, boiando em lagos de prazer onde corpos se fundem até à exaustão.
Teimosos, persistentes e rebeldes viajam constantemente em inúmeros seres, provocando-lhes arrepios e um constante desejo de sucumbir à tentação.
Libertar-se, voar ao sabor do vento, ser livre...
Será através dos impulsos que conseguiremos tais feitos? Até que ponto esses mesmos impulsos desenfreados não nos poderão conduzir ao fracasso, à decepção ou ao isolamento?
Não serão os impulsos incontroláveis incessantemente, uma ilusão diabólica em relação à liberdade do ser humano? Um ser que se guia unicamente pelos impulsos, anda sem rumo, à deriva, sem saber o porquê da sua existência, sem discernimento para poder decidir convenientemente o que lhe poderá ser benéfico ou não...
E perante tanto devaneio chega-se ao fracasso, a uma teia ardilosa na qual esse Sagitário se viu preso. Aí sim, residirá a verdadeira prisão.
Não digo com isto que os impulsos são totalmente errados e a razão certíssima.
O que digo é que qualquer um deles levado ao extremo conduz o ser humano a um enorme vazio...
A chave do sucesso reside numa ponte de equilíbrio entre ambos. Façamos as nossas escolhas consoante os nossos desejos no entanto sempre com discernimento para que estás não nos prejudiquem num futuro próximo ou até mesmo longínquo.
O verdadeiro espírito de liberdade é esse: ser dono da nossa vida e trabalhar para a nossa evolução de uma maneira coerente, baseada na consciencialização, criando um ponto de equilíbrio entre essas realidades. Caso contrário, não passaremos de míseros loucos, libertinos ou reprimidos com sentidos de liberdade distorcidos.
Não é de estranhar que tenhamos a sociedade que temos. Pessoas alienadas, problemáticas e vazias...
Não pode existir supremacia de um a realidade em relação à outra, ambas trilham o nosso caminho enquanto ser humano, logo é impossível abdicar de uma em detrimento de outra. São opostas mas complementam-se.
Uma questão de grande importância: perceber realmente o que é a liberdade. A meu ver, existe nos tempos que correm (se é que não foi sempre) ideias muito distorcidas e pouco aceitáveis acerca deste conceito.
Precisamos sem dúvida de um equilíbrio que nos conduza a uma contínua evolução, jamais à estagnação, devaneio, recalcamento...
sexta-feira, agosto 11, 2006
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2 comentários:
São palavras que refugiam pequenos sentimentos, são palavras que nos desenham a alma, em todas as suas tendenciosas cores.
Dreka, és um miuda genial, além de forte e inteligente, tens um fundo de alma dourado.
Parabens pelo blog, pelas palavras...
Beijos
Gostei mt do que li.. muitas vezes tb sinto isso, sinto que nao consigo estar nas aguas fundas do pensamento nao posso.. porque o leito desse oceano sao os nossos sentimentos, a base de todo o resto. ps "O que digo é que qualquer um deles levado ao extremo conduz o ser humano a um enorme vazio..." - gostei mt ;)
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