quarta-feira, agosto 30, 2006

Era uma vez um extenso jardim…
Ao entrar nele, logo se apresentava uma fonte luminosa esbatida a cor dourada; ela fazia verter sobre si água cristalina. Os passarinhos pousavam ao redor dela saciando a sua sede; esvoaçavam à sua volta cantando melodiosamente. O barulho feito pela água ao cair servia de acompanhamento musical aos doces e coloridos animaizinhos.
Um pouco mais à frente, um amontoado de flores dos mais variados tipos fazia as delícias a qualquer olhar. Eram cintilantes, aromáticas, belas, sedutoras e portadoras da tranquilidade e do amor sobre a terra.
As borboletas esvoaçavam à sua volta fazendo toda uma junção de cores, um autêntico arco-íris, uma opereta de beleza constante que se espalhava rumo ao infinito.No cair da noite, cachos de estrelas viajavam de flor em flor beijando cada pétala; em seguida, piscavam para a Lua que bem lá no alto do céu esboçava um sorriso ao mesmo tempo que embalava o jardim num eterno êxtase de misticismo.
No fundo do jardim, à beira do rio, encontrava-se uma enorme casa em forma de coração; estava pintada a vermelho forte com janelas cobertas de pétalas de papoilas. A sua porta era branca, símbolo da paz que ali residia. Ao abrir a porta, uma cama junto a ela se encontrava… Lá repousava uma pequena criança com umas asas enormes e muito bonitas; umas asas brancas e extremamente brilhantes. Um menino de rosto rosado e um sorriso ternurento que tinha por hábito levantar-se bem cedo, correr pelo jardim, beijar as flores, brincar com os passarinhos e tomar banho na fonte. Quando o Sol se levantava, o menino abria os braços e abraçava-lo, dizia-lhe Bom Dia e dava-lhe um beijo comovido.Tudo vivia feliz naquele jardim… Cooperativismo, amizade e compreensão eram as palavras de ordem.
Um belo dia, um homem encapuçado entrou no jardim e causou o terror; partiu a fonte, fazendo com que toda a água jorrasse pelo chão, matou diversas flores e mutilou o jardim e os passarinhos. Por fim, dirigiu-se a passos largos para a casa onde habitava o pequeno menino, o Cupido. Apanhou-o, fugiu com ele e prende-o num sítio distante…
Nunca mais se soube dele…
No lugar desse jardim, existe hoje uma rua fumarenta inundada de tristeza, pobreza, solidão e incompreensão humana. Aos sentimentos de outrora deu lugar o pessimismo, a frustração e a alienação. A Lua chora de desgosto a perda do Cupido e o Sol, embora destroçado ainda acredita que ele um dia possa voltar.
Espera-se um dia o retorno do Cupido… A terra sente-se sozinha e clama incessantemente: LIBERTEM O AMOR!

2 comentários:

Anónimo disse...

tá bonito com um erro aqui ou ali mas nada demais vai tentanto tas a conseguir chegar lá falaremos um dia mais tarde um beijo chicoDASfrutas

Drekas disse...

loooool... tu n tens emenda chicolas...loooool... A eterna criança grande :P