quinta-feira, janeiro 11, 2007

Um doce ATÉ JÁ!

Tenho o dito! Os meus três blogs vão ficar em stand by durante uns tempinhos. Perguntam vocês, seus curiosos, porquê?
A minha vida está em mudanças, muitas mesmo. Muitos planos, muita coisa nova, novos hábitos, novas descobertas e coisas que precisam de ser batalhadas para poder encerrá-las em Junho.
Falta-me tempo para os Blogs!
Inspiração? Nao creio que seja esse o problema, é mesmo falta de tempo e algum cansaço acumulado.
Pretendo voltar com mais garra, mais imaginação e sobretudo com mais sentimento.
Fica a promessa de retorno, mas não prometo datas...
Eu sou um pouco assim. Não consigo estar sempre no mesmo sítio. A novidade cativa-me...
Se deixo para trás o que anteriormente me cativava em detrimento do novo? Não. Aliás, uma das minhas grandes frustrações é não ter tempo para fazer em simultâneo todas as actividades que me aliciam. 24 horas por dia é muito pouco. Se algum dia alguém descobrir uma fórmula que nos permita estar sempre acordados e com energia, avisem-me.
Por enquanto, vou tentar dividir-me entre as tarefas...

Não me despeço, apenas murmurro um Até Já!

Conto voltar ainda mais motivada do que estou e muito mais realizada :)

quarta-feira, janeiro 10, 2007

A folhinha sabedoria e a sua literatura...

Imobilizei a razão para conseguir decifrar as batidas do meu coração. Apressadamente injectei-as numa folha de papel, uma folhinha que se encontrava ao redor, ansiando pelo momento tão esperado. Foi como se desse vida a algo quase adormecido, ou melhor dizendo, em fecundação antiga; uma fecundação já exaustiva e com tempo suficiente para nascer. Mas o que importa é que nasceu, meia atordoada, pachorrenta, mas lá nasceu.
A folha, de seu nome sabedoria, era uma mãe orgulhosa e não se cansava de exibir o rebento, o seu bem mais precioso. Radiante, decidiu correr mundo para mostra-lo a quem tivesse interesse em conhecê-lo (se bem quê, cá para nós que ninguém nos ouve… quem é que não vai gostar dum rebento tão meiguinho como o da folhinha? Acho impossível e tu?).
Aí, mas deixa-me cá continuar a minha narração… isto, uma pessoa perde-se e depois é complicado… são os anos, os anos e a cabeça que já não é o que era…
Bem, a Dona folha lá decidiu viajar e a primeira oportunidade surgiu quando num belo dia íamos na rua: eu, ela e o rebentinho. A marota que sempre foi dada a um certo descaramento, lá se vira para mim e diz:
- Estás a ver aquele jovem que ali está com a mochila às costas?
- Qual, o da camisola azul?
- Sim, esse mesmo! Quero que me coloques na mochila dele. Vou começar a minha aventura pelo mundo e quero, como já te disse, mostrar o meu filho à humanidade.
- Tens a certeza?
- Sim, tenho!
E assim foi! Confesso que de início tive um pouco de receio, mas lentamente lá coloquei a folha na mala do jovem de camisa azul. Fugi logo em seguida. Lembro-me de, naquele instante de fuga, algumas lágrimas me inundarem a face. É certo que foram segundos, mas acho que os eternizei na minha memória, transformando-os numa doce recordação.
E perguntas-me tu, leitor curioso:
- Que é feito da folhinha?
Bem, a última vez que soube dela, ela estava algures em Marrocos, já tinha corrido a Europa toda e decidira explorar o Oriente. Desde então, nunca mais se soube dela. Ela não para, vive num agito constante; ela e o seu rebento, a literatura.
Agora, aqui sentada, escrevendo-te, cogito:
- E pensar que um dia tive a ideia de trazer à baila pedaços de mim…

sábado, janeiro 06, 2007

Hoje apetece-me falar para ti...

Já pouco me resta… apenas a velha arrecadação da casa de férias. Aquela! Aquela onde um pequeno raio de sol atrevido insiste em entrar.
Suspiro sozinha num cantinho mínimo escondido nas profundezas do mundo. É aí que penso, que me aconchego, que sonho e que me sinto amparada. A solidão inunda-me… arrebata-me.
Sinto paz! Fecho os olhos e sinto a brisa suave que me fustiga o corpo, as pitadas de sol que me batem na cara e flutuo numa calmaria, como uma gaivota que voa sobre o céu azul... livre, sempre livre.
Não há regras, aparências, falsidade, corrupção... Será possível o meu coração dar-me muito mais do que uma sociedade inteira me pode oferecer?
O meu trabalho cerebral dura, eu penso, repenso, sonho e anseio…
Misantropa! Tu és uma misantropa! – Diz uma voz ao fundo do corredor.
É verdade, não posso negá-lo! Eu sinto-me assim e sou feliz por sê-lo, ou pelo menos a minha teimosia insiste em fazer-me acreditar que sim.
Não me adequou as barreiras, não compreendo o mundo à minha volta; aliás, compreendo e é por percebe-lo que não o aceito e jamais o vou aceitar enquanto o meu coração sentir.
Pouco me resta… só mesmo a esperança que mantenho e que ainda me dá alento para poder mudar o que considero medonho!
Mas o segredo para mantê-la reside no facto de muitas das vezes me isolar, de procurar a solidão e viajar sozinha.
Já dizia Rousseau na sua célebre «Teoria do Bom Selvagem»: o homem sozinho é um ser bom é o meio social que o corrompe. Talvez Rousseau até tivesse razão, ou talvez os homens de quem este fala, não fossem suficientemente autónomos. Enfim, é mais uma das minhas divagações filosóficas…
Olha, escuta-me… ouviste? Eiii, fala comigo...
Lembraste quando dizias ser como eu? Lembraste quando me dizias que me entendias? Mantens-te assim?
Hum? Fala mais alto, quase não te oiço...
Sabes qual o meu maior medo? Transformar-me numa máquina.
E tu, transformaste-te?
Que é feito de ti? Onde depositas as tuas lágrimas?

segunda-feira, janeiro 01, 2007

O meu primeiro beijo de amor e esperança ao mundo no ano de 2007!