Muitos realizam em palavras tudo o que desejariam realizar em actos. Por mais que as palavras abarquem todo um rol de emoções, por mais que sejam o refúgio quando os olhos não se são capazes de encarar, por mais que perdurem para sempre, imortalizando sentimentos, ou o que seja, jamais poderão substituir um abraço, um aperto de mão, um beijo, uma festinha... lá está, a eterna dualidade entre corpo e alma.
Procuremos um equilíbrio entre ambos pois tanto o nosso corpo como a nossa alma necessitam de alimento.
Erróneo canalizar toda a energia num único pólo, pois ninguém consegue andar muito tempo ao pé coxinho.
Expressar o que se sente com um abraço (por exemplo), não é sinónimo de fraqueza mas sim de qualidade; só prova que estamos vivos, que conseguimos amar os outros e acima de tudo, que somos livres nas nossas acções, sem medo de qualquer retaliação por parte de quem quer que seja; numa palavra eu diria: autonomia.
Só ama os outros quem consegue amar-se a si mesmo, caso contrário, não consegue sorrir para o mundo pois afoga-se em demasia em si e nas trevas que constrói à sua volta.
E já pensaram no quanto as palavras poderão ser única e exclusivamente discursos falaciosos muito bem construídos? Conseguem ser falsos nos gestos também?
Qual será então o mais genuíno?
Deixem de ser carrancudos, esbocem sorrisos, expressem sentimentos através de acções e reparem que há imensos arco-íris ao virar da esquina...