A minha cabeça procura nesta noite gelada a distinção entre desejo e amor...
Quantas atracções vivi? Quantos amores? Quantas ilusões fruto de conflitos emocionais criados unica e exclusivamente por mim, quanta dor e sofrimento por não me entender?
Quantas perdas devo lamentar, quantas devo acreditar que foi melhor assim?
Pensar, reflectir, encontrar. Verbos que me acompanham e que só sei conjugar no presente do indicativo. Se bem que por vezes, dou aso à utilização do condicional.
É mais fácil sentir, mas perceber o porquê desse sentimento/os é muito mais complicado. Sou demasiado racional! Acho que tudo tem um sentido e a minha inteligência tem de me ajudar a lá chegar. Por outro lado, se calhar não vivo as sensações por pensar demais na sua origem e no seu porquê.
Que hei-de fazer? Está-me no sangue querer perceber tudo à minha volta.
- Curiosa, menina curiosa...
Mas também é preciso aproveitar a vida, senti-la...
Hoje é uma daquelas noites em que me apetece perder-me em pensamentos e curtir a nostalgia das lembranças, a par do gozo intelectual de decifrá-las...
Não tenho emenda, dê por onde der, eu continuo a acreditar que só chego as sentimentos verdadeiros se os entender.
Enfim, em busca da verdade perdida, ou dos segredos guardados...
Lógica, sff!